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Uso na medicina chinesa deixa jumentos perto de extinção
Segunda-Feira, 21 de Julho de 2025

O abate de jumentos para atender à demanda da medicina tradicional chinesa tem provocado um alerta global quanto à sobrevivência da espécie. Nos últimos anos, a procura por pele de jumento, utilizada na produção do ejiao, um remédio tradicional valorizado na China, intensificou a pressão sobre populações de asininos em diferentes continentes. O fenômeno não apenas afeta o equilíbrio ambiental, mas também provoca impactos econômicos e sociais em comunidades rurais que dependem desses animais para atividades cotidianas.
O ejiao, um produto feito a partir do colágeno extraído da pele do jumento, é considerado um ingrediente importante em tratamentos relacionados à vitalidade, à fertilidade e ao rejuvenescimento. No entanto, o crescimento do mercado chinês resultou em uma escalada nas exportações e no comércio ilegal de jumentos em países da África, América do Sul e até regiões da Ásia. Agora, pesquisas indicam que a redução expressiva nos estoques naturais pode colocar os animais em risco considerável nos próximos anos.


Por que o abate de jumentos cresceu nos últimos anos?


A valorização do ejiao no mercado asiático impulsionou o comércio internacional de jumentos desde o início da década passada. Isso porque o aumento da renda na China levou a um maior consumo de produtos tradicionais, estimulando negociações envolvendo milhares de animais por mês. Segundo relatórios de 2024, algumas regiões chegaram a registrar uma diminuição de até 70% na população local de jumentos em apenas cinco anos.
Esse processo de exploração acelerada não se restringe apenas a áreas africanas. Países como Brasil e México também convivem com o tráfico de jumentos, muitas vezes sem um sistema eficaz de monitoramento e fiscalização. Por isso, organizações ambientais têm alertado sobre o impacto desse ciclo na manutenção das espécies e na condição de trabalho de famílias rurais que utilizam os animais em atividades como transporte de carga e agricultura.


As consequências desse comércio para ecossistemas e comunidades


A redução expressiva do número de jumentos provoca impactos diretos e indiretos. De forma imediata, comunidades rurais perdem um recurso fundamental para transporte, agricultura e pequenas atividades comerciais. Isso reduz a produtividade, dificulta o deslocamento e gera perdas econômicas, especialmente em áreas isoladas. Além disso, a diminuição da espécie contribui para desequilíbrios ambientais, já que esses animais participam de ciclos naturais, atuando, por exemplo, na dispersão de sementes.
Dificuldades para pequenos criadores: A escassez de jumentos encarece o acesso aos animais, tornando insustentável a atividade de algumas famílias.
Riscos para a biodiversidade: O desaparecimento dos asininos pode prejudicar cadeias alimentares e processos naturais dos ecossistemas.
Aumento do comércio ilegal: A alta demanda impulsiona redes de tráfico, favorecendo práticas insustentáveis e cruéis.


Há medidas para frear o abate de jumentos e proteger a espécie?


Organizações internacionais e governos vêm discutindo estratégias para enfrentar a exploração predatória dessa espécie. Entre as principais ações destacam-se a criação de regulamentações comerciais, o fortalecimento da fiscalização alfandegária e o incentivo ao desenvolvimento de alternativas ao uso do ejiao. Em 2025, alguns países já adotam sistemas de rastreamento, identificação de animais e campanhas de conscientização sobre o risco de extinção.

Iniciativas de proteção animal: Movimentos globais incluem o jumento na lista de espécies sob ameaça e promovem campanhas de sensibilização.
Intercâmbio de informações entre países: A cooperação internacional favorece a detecção e combate ao tráfico em áreas de fronteira.
Busca por alternativas medicinais: Estímulos à pesquisa em busca de compostos substitutos para o ejiao podem reduzir a pressão sobre os animais.
A necessidade de equilibrar demandas comerciais e preservação ambiental mobiliza esforços em diversas regiões. O abate desenfreado de jumentos para atender ao mercado da medicina tradicional chinesa é um desafio que une questões de sustentabilidade, cultura e economia global. O monitoramento constante e políticas eficazes de proteção aparecem como caminhos possíveis para garantir que a espécie mantenha seu papel nas comunidades e ecossistemas do planeta.

 

FONTE: www.correiobraziliense.com.br  
 
 

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