Prefeituras     Câmaras     Outras Entidades
 
 
 
SEJA BEM VINDO A TRIBUNA ONLINE
GUANAMBI/BAHIA - Sábado, 12 de Julho de 2025
 
 
 
ONDE ESTOU: PÁGINA INICIAL > NOTÍCIAS
 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

   
 
 

EDITAIS

NOTÍCIAS

 

Saiba quais as cidades baianas com os piores índices de alfabetização
Estado possui o pior indicador do país entre os alunos matriculados no 2º ano do ensino fundamental
Sábado, 12 de Julho de 2025

Dados sobre a educação básica divulgados nesta sexta-feira (11), pelo Ministério da Educação (MEC), apontam para a grave realidade das escolas baianas. O estado possui o pior índice de alfabetização entre os alunos matriculados no 2º ano do ensino fundamental. Das crianças que possuem, em média, 7 anos, apenas 35,98% sabem ler e escrever. A taxa é inferior à média nacional, que é de 59,13%. 
Os dados são referentes ao ano de 2024 e integram o Indicador Criança Alfabetizada, programa do governo federal que estipula metas para alfabetização das crianças em todo o Brasil. Até 2030, a expectativa é que ao menos 80% das crianças brasileiras nessa faixa escolar estejam alfabetizadas.

A meta, no entanto, ainda está longe da realidade da Bahia. O estado possui cidades onde a taxa de crianças de 7 anos que sabem ler e escrever não chega aos 16%. O município baiano onde menos crianças são alfabetizadas é Macururé, cidade de 7,2 mil habitantes, localizada na região do Vale do São Francisco. Por lá, apenas 12,5% dos estudantes do 2 ano do ensino fundamental são alfabetizados. 

O Indicador Criança Alfabetizada foi criado em 2023 e reúne resultados de provas realizadas com alunos do 2º ano do ensino fundamental pelos governos estaduais e pelos municípios. Os dados podem ser comparados à avaliação federal tradicional, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que ocorre a cada dois anos. O ensino infantil no Brasil é de competência municipal, por isso, o Ministério da Educação divulga as médias estaduais e das cidades do país. 
Além de Macururé, as cidades baianas com os piores desempenhos no ranking do estado são: Arataca (13,11%), Pedrão (13,33%), Itaju do Colônia (15,25%) e Rio do Pires (15,62%). A meta de alfabetização para 2024, na Bahia, era 43,4%. O estado é um dos poucos que não atingiram a meta prevista para o ano. Além da Bahia, integram a lista o Amazonas, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul e Pará. Enquanto isso, 11 estados atingiram suas metas de alfabetização.
"Se queremos que a educação do ensino médio e das universidades esteja bem, é preciso cuidar da política de alfabetização. Pensar em uma política estabelecida por regime de colaboração é, sem dúvidas, pensar um horizonte para que possamos dar perspectivas às nossas crianças de maior interação com a sociedade", analisa Roberto Gondim, presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA). 

De acordo com o Indicador Criança Alfabetizada, Salvador possui índice de alfabetização de 36,75%, taxa maior do que a média estadual. Apesar disso, a capital baiana também não atingiu a meta estabelecida para 2024, que era de 45,52. "O sistema brasileiro de educação é dividido em parte. Ainda não conseguimos unificar um sistema no país, como acontece com a saúde, por exemplo. É preciso que ocorra uma colaboração efetiva entre os entes para que os municípios, que se responsabilizam por essa tarefa, possam almejar dados mais animadores", completa o presidente do conselho. 

Brasil não atinge a meta 
O número de crianças alfabetizadas cresceu no Brasil, mas ainda não atingiu a meta esperada. De todos os alunos do 2º ano do ensino fundamental do país, 59,2% sabem ler e escrever. A meta do governo federal é ter 60% dos estudantes alfabetizados nesta faixa de idade. 
Os dados divulgados são referentes ao ano passado e demonstram aumento do número de crianças brasileiras alfabetizadas. Em 2023, o percentual era de 56%, portanto, três pontos percentuais menor do que em 2024. De acordo com Camilo Santana, ministro da Educação, as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no ano passado contribuíram para puxar a média nacional para baixo.

"A primeira média nacional foi muito impactada pelas condições do governo do Sul. Nós vamos agora arregaçar as mangas, todo mundo trabalhando, focando nos seus territórios. Vamos fazer a avaliação agora, outubro, novembro desse ano, e poder alcançar a média, que esse ano vai para 64%", disse o ministro durante um evento para jornalistas na manhã desta sexta-feira (11), em Brasília. A taxa de alfabetização no estado gaúcho caiu de 63,40%, em 2023, para 44,67%, em 2024. 

A meta do governo federal é que mais de 80% dos alunos desta faixa escolar estejam alfabetizados até 2030. Além do Rio Grande do Sul, houve queda nos índices da Bahia, Amazonas, Paraná, Rondônia e Pará. Enquanto isso, 11 estados atingiram suas metas de alfabetização. Os estados com os maiores índices de alfabetização são: Ceará (85,31%), Goiás (72,74%), Minas Gerais (72,07%), Espírito Santo (71,69%) e Paraná (70,42%). 

Para Gabriel Corrêa, diretor de políticas públicas do Todos Pela Educação, o resultado nacional é positivo, mesmo sem que o país tenha atingido a meta desejada. "O resultado pode ser visto como positivo, especialmente pelo crescimento que o país teve de 2023 para 2024, e considerando que 18 dos 24 estados que tiveram resultados disponibilizados tiveram crescimento. Isso mostra que o Brasil avançou de uma forma em que a grande maioria evoluiu no percentual de crianças alfabetizadas", diz. 

 

FONTE: www.correio24horas.com.br  
 
 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS:

   
 
    © 1999-2025 TRIBUNA ONLINE