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GUANAMBI/BAHIA - Quarta-Feira, 03 de Dezembro de 2025
 
 
 
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Consumo de álcool aumenta acidentes nas estradas final de ano
Quarta-Feira, 03 de Dezembro de 2025

Apesar de mais de uma década de campanhas educativas, legislações rigorosas e operações constantes, a mistura entre álcool e direção continua atravessando as rodovias federais da Bahia como um dos principais fatores de risco para motoristas e passageiros. Com a aproximação do fim do ano, a preocupação aumenta. Dezembro concentra confraternizações, festas empresariais, encontros familiares e viagens longas para litoral e interior.

Entre janeiro e novembro de 2025, a Polícia Rodoviária Federal registrou 211 sinistros causados diretamente pela ingestão de bebida alcoólica, deixando 198 pessoas feridas e resultando em 24 mortes. Os números confirmam que o problema permanece estrutural, especialmente em um estado de longas distâncias, ligações estratégicas entre regiões e fluxo intenso de viagens durante todo o ano.


As rodovias mais afetadas reforçam o peso desse cenário. A BR-116 responde por 66 sinistros, enquanto a BR-101 soma 52 ocorrências. Já a BR-110, que corta áreas de grande circulação entre o agreste e o litoral, aparece com 119 registros. A BR-324, principal ligação entre Salvador e o interior, contabiliza outros 21 acidentes provocados pelo consumo de álcool. Nos tipos de sinistro mais comuns estão colisão frontal, colisão traseira, lateral, transversal, tombamento e saída da pista. O fator álcool aumenta significativamente a letalidade e a gravidade das lesões.

No mesmo período, foram emitidas 186 autuações por dirigir sob influência de álcool, previstas no artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro, com maior incidência na BR-101, BR-242 e BR-116. Mas o dado que mais chama atenção é a quantidade de motoristas que se recusam a fazer o teste de alcoolemia: 2.357 recusas entre janeiro e novembro, número que evidencia tentativa de evitar a comprovação da embriaguez. As rodovias com mais recusas são a BR-101 (456) e a BR-116 (451), seguidas da BR-242, BR-324 e BR-110. A recusa, no entanto, possui a mesma punição da infração direta: multa de R$ 2.934,70 e suspensão do direito de dirigir por 12 meses.


Quando a capacidade psicomotora está evidentemente alterada ou quando o exame registra índice igual ou superior a 0,34 mg/L, o ato passa a configurar crime, previsto no artigo 306 do CTB. De janeiro a novembro, 106 motoristas foram presos na Bahia por embriaguez ao volante, principalmente em operações intensificadas, madrugadas de maior movimento e períodos de feriados. A pena pode variar de seis meses a três anos de detenção, além de multa e suspensão ou proibição de obter habilitação.

Historicamente, o final de ano é o período em que a PRF mais amplia operações, justamente porque cresce o consumo de álcool e se eleva a probabilidade de ocorrências graves. A fiscalização deve se intensificar nas principais rotas de acesso ao Recôncavo, Chapada Diamantina, litoral sul e norte, além dos trechos de maior fluxo da BR-324.


A corporação reforça que evitar tragédias depende também de ações práticas de cada motorista. Entre as principais recomendações estão planejar a viagem com antecedência, utilizar transporte por aplicativo, táxi ou transporte coletivo quando houver ingestão de

bebida alcoólica, combinar previamente quem será o “motorista da vez” em encontros com amigos e familiares, fazer pausas regulares durante percursos longos, evitar dirigir cansado e nunca aceitar carona de alguém que tenha bebido. A PRF ressalta ainda a importância de verificar a manutenção do veículo, reduzir a velocidade em trechos urbanos das rodovias e redobrar a atenção durante a noite e a madrugada.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a redução dos sinistros depende de uma combinação entre fiscalização firme, educação no trânsito e responsabilidade individual. A corporação avalia que, apesar dos avanços na legislação, a conscientização ainda precisa evoluir, especialmente em períodos festivos.

 

FONTE: www.trbn.com.br  
 
 

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