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Embrapa diz que mudanças no clima vão intensificar doenças na lavoura
Mudanças no clima podem ainda reduzir eficácia dos defensivos agrícolas
Domingo, 20 de Abril de 2025

Um estudo realizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) identificou que doenças em lavouras brasileiras devem se intensificar com as mudanças climáticas até o final deste século, já que o fenômeno torna o ambiente ainda mais propício à disseminação de patógenos.
Os pesquisadores fizeram uma ampla revisão científica avaliando 304 patossistemas (conjunto formado por patógeno e planta hospedeira) relacionados a 32 das principais culturas agrícolas do Brasil entre 2005 e 2022.

De acordo com as análises, foi identificado que, pelo menos, 46% das doenças agrícolas brasileiras devem se tornar mais severas até o ano de 2100. E as culturas mais afetadas serão as de arroz, milho, soja, café, cana-de-açúcar, hortaliças e frutas
O aumento das temperaturas e as alterações nos padrões de chuvas vão favorecer a proliferação de doenças causadas por fungos patogênicos, como antracnose e oídio, e de vetores de doenças como pulgões, cochonilhas, tripes e moscas-brancas. Neste caso dos insetos, a consequência é um risco elevado para culturas como batata, banana, tomate, citros e milho, que já são afetados por essas pragas.

As mudanças climáticas podem ainda reduzir a eficácia dos defensivos agrícolas, exigindo um maior controle fitossanitário. O uso de produtos químicos pode se tornar menos eficiente ou exigir mais aplicações, o que aumenta custos e riscos ambientais.

“A previsão de doenças em um cenário de mudança climática é um desafio complexo que exige a continuidade das pesquisas e implementação de novas estratégias de adaptação”, explicou em um comunicado Francislene Angelotti, pesquisadora da Embrapa Semiárido (PE) e autora principal do estudo.

Diante desses resultados, os pesquisadores destacam a importância de uma ação coordenada entre pesquisa, políticas públicas e agricultores para proteger os campos brasileiros, como: análises de risco, prevenção e adaptação, o fortalecimento da vigilância fitossanitária, a ampliação de investimentos em pesquisa e o incentivo à cooperação internacional.

O estudo destaca que as mudanças climáticas já estão moldando o futuro da agricultura brasileira. Por exemplo, o cenário de defensivos agrícolas menos eficientes já está impulsionando a procura por alternativas, especialmente os chamados agentes biológicos de controle, como os biopesticidas.

 

FONTE: atarde.com.br  
 
 

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