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Capacitação estimula produção de frutas de climas temperado e subtropical no semiárido brasileiro
Terça-Feira, 14 de Maio de 2024

O semiárido brasileiro agora está produzindo pera, maçã, caqui e abacate, frutas de climas temperado e subtropical. O resultado é fruto de uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a Embrapa Semiárido que está implantando cultivos alternativos em áreas irrigadas de projetos públicos de irrigação da Codevasf. Um curso de capacitação realizado na quarta-feira (08), em Bom Jesus da Lapa (BA), preparou agricultores e técnicos que atuam em projetos de irrigação da Companhia na Bahia para o manejo dessas culturas.

O treinamento foi conduzido pelos pesquisadores da Embrapa Semiárido Paulo Roberto Coelho Lopes, coordenador do projeto, Pedro Martins Ribeiro Júnior, José Eudes de Morais Oliveira e Welson Lima Simões. A atividade demonstrou as técnicas de manejo a serem realizadas em cada momento do cultivo, como podas de formação, tutoramento das plantas, arqueamento dos ramos, irrigação, adubação e controles fitossanitários.

Segundo o diretor da Área de Irrigação e Operação da Codevasf, Napoleão Casado, o curso preparou agricultores e técnicos dos projetos públicos de irrigação para essa nova fase da produção agrícola que pretende diversificar os cultivos nessas áreas, aumentar a eficiência da agricultura irrigada e ampliar a oferta de alimentos para consumo do mercado interno e para exportação.

“A Codevasf e a Embrapa se uniram para buscar novas opções de cultivos para os projetos de irrigação da Companhia. Os experimentos realizados ao longo dos últimos anos apontaram a viabilidade técnica e social de implantação do cultivo na região de frutas de clima temperado e subtropical, como a pera e a maçã. Agora vamos investir na continuidade das ações e diversificar os cultivos, dando condições de produção e de desenvolvimento para a agricultura irrigada, fortalecendo a posição do Brasil como grande produtor de frutas”, afirmou.

Napoleão Casado ainda destacou que a tecnologia de produção de frutas de climas temperado e subtropical no semiárido deve ser estendida para outros projetos públicos de irrigação mantidos pela Companhia nos estados da Bahia, Pernambuco e Minas Gerais.

O superintendente regional da Codevasf em Bom Jesus da Lapa, Harley Xavier Nascimento, acompanhou a capacitação de agricultores e técnicos e falou como a inovação tecnológica na agricultura irrigada pode transformar a produção nos projetos de irrigação da Companhia. “A Codevasf como empresa pública de desenvolvimento regional deve atuar para trazer as inovações tecnológicas para as regiões onde atua. Enquanto a Embrapa produz conhecimento, a Companhia aplica essas inovações, num casamento perfeito entre os órgãos federais. Eu acredito que por meio da ciência podemos promover o desenvolvimento regional ao diversificar a produção dos projetos de irrigação”, declarou.

Um dos agricultores participantes da capacitação, Jair Bomfim de Oliveira, do Projeto de Irrigação Formoso, adotou o cultivo experimental das variedades de abacate Fortuna, Quintal, Hass, Geada e Breda. Ele enxerga no projeto a possibilidade de diversificar seus cultivos e fugir da monocultura da banana.

“Meu plantio ainda está em fase inicial, completando 90 dias. Mas temos uma expectativa boa, pois ainda estamos no início do plantio e devemos começar a produzir só daqui 3 anos. Nossa expectativa é colher bons frutos no futuro próximo e implementar essa cultura em nossa área”, revelou.

Na avaliação do pesquisador da Embrapa Semiárido Paulo Roberto Coelho Lopes, a capacitação dos agricultores e técnicas dos projetos de irrigação que receberam as unidades de observação é fundamental para que todos dominem o manejo das novas culturas e possam multiplicá-las para outros produtores da região. “Por se tratar de novas culturas em que os produtores da região ainda não têm conhecimento sobre o manejo, a capacitação é fundamental para o sucesso do projeto, pois possibilita que eles possam trabalhar nas suas propriedades de acordo com as recomendações técnicas quer foram geradas durante o período que estamos trabalhando com essas culturas. Com isso, capacitamos produtores e técnicos para que eles sejam multiplicadores com outros agricultores e profissionais”, apontou.

Frutas de climas temperado e subtropical nos Projeto de Irrigação da Codevasf



O projeto para introdução do cultivo de frutas de climas temperado e subtropical nos projetos de irrigação da Codevasf se iniciou com o cultivo experimental na Estação Experimental da Embrapa Semiárido em Bebedouro (BA) e foi estendida para outras áreas irrigáveis em municípios da bacia hidrográfica do rio São Francisco em Pernambuco e na Bahia.

Nesta nova fase, foram implantadas doze unidades de observação nos seguintes projetos públicos de irrigação da Codevasf na região de atuação da 2ª Superintendência Regional: Formoso, em Bom Jesus da Lapa, Ceraíma, em Guanambi (BA), e Baixo do Irecê, em Xique-Xique (BA). As unidades estão atuando como validadores das culturas e devem disseminar os cultivos para outros produtores desses projetos de irrigação. Até o momento, as plantas apresentam excelente desenvolvimento.

A definição das áreas para a instalação das unidades de observação e a seleção dos agricultores levaram em conta a organização dos produtores, características dos solos, como profundidade, textura e drenagem, e o interesse em participar do projeto. Para execução do projeto, a Codevasf firmou um Termo de Execução Descentralizada (TED) no valor de R$ 494 mil para a Embrapa Semiárido.

Dados da Embrapa Semiárido apontam o potencial dessas frutas no mercado interno brasileiro. A produção nacional de maçã é da ordem de 1,2 milhão de toneladas e, mesmo assim, o Brasil ainda importada mais de 50 mil toneladas por ano. Já o mercado de peras no país é muito favorável e possui potencial de consumo que pode chegar a 300 mil toneladas ao ano. A empresa de pesquisa agropecuária indica ainda que o caqui consumido aqui a partir do mês de outubro é importada da Espanha e de Israel e chega ao consumidor brasileiro por preços até seis vezes maiores do que os praticados com a fruta nacional.

 

FONTE: Assessoria de Comunicação  
 
 

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